HALISSON KELITON RAMOS DOS SANTOS
AUTOR: HALISSON KELITON RAMOS DOS SANTOS
TÍTULO: A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PIBID NA PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E EDUCAÇÃO: LIMITES E POTENCIALIDADES
ORIENTADOR: Profª. Drª. Michele Silva Sacardo
DATA DE DEFESA: 23/08/2018
RESUMO:
Trata-se de uma análise das pesquisas sobre o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência-Pibid/Educação Física produzida na Pós-Graduação stricto sensu em Educação Física e Educação no Brasil, de 2009 a 2016, considerando os pressupostos epistemológico, gnosiológico e ontológico. Fundamentada na teoria social marxiana e marxista, esta pesquisa debruçou-se sobre o seguinte problema: Qual a relação existente e/ou qual a implicação da adoção, na produção do conhecimento sobre Pibid Educação Física, de determinada concepção de formação de professor para apreensão e explicação crítica de uma dada política pública sobre formação de professor (Pibid)? Quanto à metodologia, esta é uma pesquisa bibliográfico documental cujo levantamento foi realizado nos bancos digitais de dissertações e teses. Foram então localizadas 18 pesquisas, das quais 14 tomaram por objeto o Pibid Educação Física, em programas stricto sensu das referidas áreas. Sobre os resultados da pesquisa, estes apontam que a concepção de formação de professores rebate nas explicações dos autores das dissertações e da tese, uma vez que ficou claro que, dependendo da concepção de formação de professores escolhida, intimamente ligada à concepção de educação, concepção de mundo, há implicações, direta e indiretamente, na maneira como os trabalhos científicos analisam e explicam dada política educacional. Identificou-se que, nas pesquisas que tomam por objeto o Pibid Educação Física, 71,4% (n=10), de um total de 14, adotam pedagogias do aprender a aprender, expressas no âmbito da formação de professores, na pedagogia do professor reflexivo, vinculadas à epistemologia da prática e ideário pós-moderno. Desse total, 28,5% (n=4) vinculam-se à teoria marxista. Conclui-se, portanto, que: 1) independente de como são colocadas taticamente as respostas terrenas na transição, nunca se deve deixar a defesa de um projeto histórico que avance qualitativamente em relação ao atual modo de produção; 2) já em relação ao Pibid, não esquecendo que ele se insere em uma totalidade social mais ampla, taticamente defende-se a permanência “transitória” de programas como Pibid, uma vez que esta análise e parte das pesquisas sobre o programa, e os próprios educadores, suas entidades científicas e sindicais, têm mostrado que ações fragmentadas e isoladas em um ou outro ponto da formação inicial e continuada, das condições de trabalho e da carreira e remuneração dos profissionais da educação têm se mostrado insuficientes. Dessa forma, recomenda-se que as propostas do Pibid a ser desenvolvidas nas universidades e seus respectivos cursos de formação de professores “devem” estar articulados “inexoravelmente” à proposta político-pedagógica dos cursos de formação; 3) que os programas fragmentados, como o Pibid, possam dar lugar a uma política global de valorização e profissionalização dos educadores, bandeira de luta dos educadores e suas entidades há décadas. Essas são condições que contribuem para fortalecer uma educação emancipatória.