JULIANA DO NASCIMENTO FARIAS

  
JULIANA DO NASCIMENTO FARIAS
TÍTULO: ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO INTÉRPRETE EDUCACIONAL DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO MUNICÍPIO DE IPORÁ-GOIÁS.
ORIENTADOR(A): VANDERLEI BALBINO DA COSTA
DATA DA DEFESA: 27/02/2019

RESUMO: A pesquisa intitulada “Análise da atuação do intérprete educacional de Língua Brasileira de Sinais na educação superior no município de Iporá - Goiás” está vinculada à linha de pesquisa sobre Políticas Educacionais, Gestão e Formação de Professores, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), da Universidade Federal de Goiás/Regional de Jataí. O objetivo deste estudo foi analisar fatores que interferiram na Interpretação Simultânea (IS) realizada em sala de aula, nas Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES). Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e desenvolveu-se um estudo qualitativo de casos no Instituto Federal Goiano (IF goiano) e na Universidade Estadual de Goiás (UEG), tendo como sujeitos da pesquisa duas Intérpretes Educacionais (IE) e dois acadêmicos surdos. A observação constituiu o principal método para coleta dos dados, em sala de aula. Utilizou-se notebook para filmagens e planilha eletrônica para o registro dos dados. O estudo foi norteado pelos pressupostos da teoria Histórico-Cultural de Vigotski (1997, 2008, 2009), além de respaldar-se nas legislações internacional e nacional, que amparam a inclusão escolar dos estudantes com deficiência e, à luz das perspectivas teóricas sobre a educação de surdos, desenvolvidas por Goldfeld (2002), Brito (2010), Lacerda e Gurgel (2011), e Strobel (2015), assim como nos estudos sobre a atuação do IE de Quadros (2007, 2015), Leite (2005), Rosa (2005), Lacerda (1998, 2015), e nos estudos da Teoria da Interpretação em Freire (2008), Lima (2012) e Pagura (2003, 2012, 2015). A educação de surdos, a partir da década de 1990, passa a ser desenvolvida de acordo com os pressupostos da Educação Inclusiva (EI), em consonância com a filosofia do Bilinguismo. Sabe-se que ser um profissional que atua na interpretação da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para o Português e vice-versa é uma tarefa árdua, que exige uma busca constante por alternativas que possibilitem alcançar a equivalência do discurso interpretado na língua fonte para a língua alvo. Em sala de aula, o IE tem a função de mediar a comunicação que acontece na dinâmica do processo de ensino-aprendizagem entre o professor e o estudante. A partir das análises, conclui-se que a IS realizada em sala de aula não contemplou todas as informações transmitidas pelos professores, pois alguns fatores interferiram na IS como: a falta de acesso aos materiais das aulas pelas IE, o desconhecimento conceitual dos termos específicos das diferentes áreas do conhecimento pelas IE, e a relação de mediação entre os acadêmicos e as IE. Entretanto, apesar da quantidade significativa de omissões durante a IS das aulas, percebe-se, que a atuação do IE constitui, para os acadêmicos surdos, como um dos meios de acesso ao conhecimento mais utilizado.

 

 

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