SALUSTIANO FERREIRA DA LUZ

RESUMO: Esta pesquisa, de natureza bibliográfico-documental, teve por objetivo analisar as abordagens e tendências predominantes nas teses e dissertações, à luz da Teoria Crítica, sobre TIC e Educação, defendidas no Brasil entre 2009 e 2018. Foi conduzida por meio da abordagem metodológica de natureza quanti-qualitativa; coleta e analisa 15 teses e 39 dissertações, a partir de estudo bibliográfico caracterizado como "estado do conhecimento"; realiza em bancos digitais a coleta das produções acadêmicas, disponíveis na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). Foca a coleta nas pesquisas sob a temática “TIC e Educação”, caracterizando o montante, a trajetória e identificando as tendências predominantes nessa área do conhecimento. Apresenta resultados a partir da análise das 54 produções, depreendendo-se delas as principais características e considerando fatores como região geográfica, autores, período em que foram produzidas e Instituições de Ensino Superior; identifica a predominância de dissertações de mestrado (72,2%) e as teses de doutorado com (27,8%), produzidas no período delimitado; revela maior número de produções na Região Sudeste, com 57,4%, sendo a maioria delas no Estado São Paulo, com 15 produções. Os resultados apontam que a oferta de TICs representa uma possibilidade de acesso à maioria dos indivíduos, no entanto, leva-os ao uso instrumental da comunicação, dificultando a formação e ampliação da capacidade crítica daqueles que fazem uso dessas tecnologias; mostra ainda que 96.3% caracteriza-se por apresentar tendência que considera as inovações como um determinismo tecnológico, vendo nelas uma possibilidade para avançar na melhoria da educação, e apenas 3.7% faz uma abordagem crítica a essa visão, numa perspectiva que defende uma educação para a formação humana.