SORAIA RODRIGUES CHAVES

  

SORAIA RODRIGUES CHAVES

TÍTULO:TEMPO NOVO IMPLEMENTAÇÃO DE UMA AGENDA NEOLIBERAL NA POLÍTICA EDUCACIONAL DE GOIÁS NA DÉCADA DE 2000”.
ORIENTADOR(A): Prof.ª Dr.ª Elizabeth Gottschalg Raimann
DATA DA DEFESA: 15/04/2020

RESUMO: Esta pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação, em nível de mestrado, problematizou a gestão educacional implementada, durante a década de 2000, pelo governo estadual de Goiás. O objetivo geral foi o de analisar a agenda educacional estabelecida pelo governo goiano com seu slogan “Tempo Novo”, caracterizando o início do governo do Partido da Social Democracia Brasileira, com a eleição de Marconi Perillo para o governo de Goiás. A pesquisa de cunho documental teve as contribuições do materialismo histórico-dialético nas análises de conteúdo do Plano Plurianual do governo goiano de 2000 a 2007 e do I Curso de Capacitação para Candidatos a Gestores Educacionais, pela secretaria estadual de educação, na época. Como procedimento, fez-se a leitura do material selecionado, a classificação do repertório discursivo, destacando o vocabulário utilizado nos documentos oficiais. Sendo estes: empreendedorismo, inovação, flexibilidade, competitividade, mercado, adaptação, parcerias público-privadas, modernização e descentralização. A análise e interpretação deste vocabulário levaram em conta o contexto político, econômico e cultural dentro das reformas neoliberais em desenvolvimento, na época. Como resultado, se por um lado, houve no discurso a defesa da escola pública e da gestão democrática, por outro, os programas e ações na área educacional, sob a gestão de Marconi Perillo e referendados pela secretaria estadual de educação, se voltaram para práticas gerencialistas e de quase mercado para a educação. O vocabulário aponta para uma concepção de gestão pública dentro da Nova Gestão Pública, em que pese a eficiência, eficácia, a responsabilização do agente público pelo seu serviço prestado ao cidadão cliente. O programa de governo de Marconi Perillo, entre 2000-2007, estabeleceu como gestão uma agenda de desenvolvimento baseada nos ideais liberais e, para além da concepção de um estado mínimo, um estado gerencial, com um forte discurso imperativo de competitividade, desenvolvimento tecnológico, gestão inovadora baseada na autonomia do mercado e na democracia representativa, tendo como principal bandeira as parcerias público-privadas. Nesta perspectiva, uma educação não como direito, mas como um produto a ser consumido.

 

Palavras-chave: Gestão educacional. Gerencialismo. Parcerias Público-Privadas. Gestão empresarial.

 

Obs.: Este trabalho ainda não tem autorização para publicação.

 

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